sexta-feira, 27 de junho de 2008

Típica aula relapsa

É incrível como a gente estar num lugar tão longe, que nunca se viu, sendo que seu corpo está num local totalmente diferente, o qual você detesta e gostaria muito que pegasse fogo e matasse aquelas pessoas que você tanto odeia.

Ufa! Saiu! Agora, vou tentar aterrizar...

Olho pra frente e, além de ver a cabeça de mais um desmiolado, vejo um monte de orações coordenadas sindéticas e assindéticas. E próximo delas, um cara usando uma camisa social semi-aberta, no objetivo de mostrar um cordão de ouro. Cafona! [Christian Pior mode off]

Em teoria, está todo mundo prestando atenção nessa pessoa de gosto duvidoso. Mas será mesmo? Será que na tem alguém que, como eu, está olhando pra ele e tentando adivinhar o que vai ter pro almoço? E se for realmente só eu, será que eu estou me achando melhor do que os outros? Não. Vou esquecer logo esse questionamento. Como sempre, me sinto a pior das criaturas.

- Cachaça!!!

- Hã!

Oops! Esqueça essa parte. É que eu olhei pra um guri que fala nisso. Voltemos para o contexto.

Estou morrendo de sono. Como sempre, fui dormir depois de uma hora da madrugada, conversando qualquer coisa com qualquer pessoa. Apesar dessa sensação ruim de não poder fazer o que eu quero, me sinto feliz. Pelo menos nesse aspecto. É sempre bom, jogar fora, mesmo que depois eu sempre tenha uns sonhos meio estranhos.

Veio-me um na cabeça agora. Um dia, eu sonhei que estava num show da Pitty, em que ela estava vestida somente com um babydoll cor-de-rosa. E o pior (ou melhor... depende de quem está lendo): Ela estava me dando bola!

Deixe isso pra lá. Que coisa mais lésbica! Ui!

Olho para o lado. Vejo um boletim de um amigo. Nossa! Ele está melhor do que eu! Talvez (?) ele esteja se importando mais do que eu. Sinceramente, estou perdendo o interesse pelas coisas. E não é só pelos estudos, é por quase tudo mesmo, sendo que nos estudos a coisa se agrava mais ainda. Se autismo fosse contagioso, diria que estou pegando.

Agora, o maluco que está na minha frente me pergunta se eu gostei da cueca samba-canção nova dele. Eu mereço! Até nisso eu sou obrigada a opinar.

Olho pra frente novamente. Meu Deus, será que eu mal de professor usar camisa social com o colarinho aberto, exibindo um cordão de ouro? Sim. Pra quem não entendeu ainda, eu estou no colégio agora (Não diga! Eu pensava que você estava num motel!). E acabei de descobrir que só gosto de escrever quando estou com sono, seja por causas naturais ou sintéticas. Causa sintética seria fodástica agora, porque eu seria expulsa dessa porcaria de colégio. Não é uma má idéia, mas não estou a fim de procurar confusão. Agora...

O menino ao meu lado pegou minha apostila. Eu não estou prestando atenção à aula mesmo... É melhor que fique com ele, pra ver se pelo menos eu contribuo pra que alguém entenda a Revolução Francesa. Sei que se eu começasse a ouvir e ler as coisas, eu entenderia, mas não estou com nenhum pingo de vontade. Detalha: As últimas provas do semestre são próxima semana. Meu interesse pelos estudos é espantoso!

Há salvação? Há, claro! Minhas notas não estão tão ruins assim (Eufemismo agora? Que lindo!)! Só não quero perceber que posso voltar a estudar decentemente muito tarde. Nunca tive muita dificuldade na escola, mas esse ano, não sei por que, fiquei desmotivada. Aliás, nunca soube a verdadeira razão para estudar. Acho que percebi que não há um caminho certo, reto.

Ouço uma voz que me diz:

- Você tem que estudar pra ser alguém na vida, menina!

Ok... Mas que tipo de alguém?

Talvez, quando eu descobrir (e me redescobrir) eu volte a ter aquela parte de mim que era boa.

Que não tarde a chegar essa hora.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sono sem sono

Juro que ia publicar um texto em que eu, mas uma vez, mostro minha pura e profunda tristeza. Fazer o quê? É minha sina escrever sobre os problemas da alma. Quem tiver contato direto comigo, pode até ler depois. Mostro, com todo prazer. Mas... Sei lá! De repente, eu fiquei sem vontade! Sabe quando a pessoa cansa de ficar triste? Pois é! Eu cansei (pelo menos por enquanto).

Em vez de estar dormindo agora, estou escrevendo sobre qualquer coisa que vem em minha mente agora. Deveria estar ali naquela cama (que, aliás, está toda bagunçada. Droga! Vou ter que tirar esse horror de coisas de cima dela pra poder deitar!), sonhando com alguma perversão, desgraça ou loucura mirabolante que eu geralmente sonho. Mas não... Estou aqui na frente do computador, REpensando minha vida, pra variar.

Ia escrever sobre o quanto estou p... da vida sobre minha situação familiar. De um jeito que dava até pra saber a quem eu estava me referindo, mas desisti da idéia. Não vale a pena cutucar a ferida mais uma vez, já que esse assunto é mais velho do que não-sei-o-quê e me machuca cada vez mais. Toda vez que eu olhasse esse texto no blog, iria chorar. È como se eu estivesse vendo!

Mal de canceriana (lá vai eu colocar culpa no signo)! Choroooooooona que só ela... Sentimental ao extremo.

Detesto ser assim.

Mas até que eu não gostaria de ser “forte”. Ver uma situação e simplesmente quase que ignorar, como se aquilo não fosse nada. Ah, pera ai! Logo eu, que gosto tanto de ser levada pelo momento? Não, esquece! Adorei ter nascido no Dia Mundial do Rock.

O pior é que eu guardo isso tudo pra mim. É raro ver eu me abrir com alguém sobre um problema desse tipo. E o pior é que eu não era assim! Não sei o que houve, mas me fechei totalmente. Eu tava até melhor da minha suposta depressão quando eu estava indo à psicóloga. Mas aquela mulher é louca! Na maioria das vezes, eu é que era a psicóloga dela. Já tava pra começar a cobrar (e deixar de pagar).

Enfim, acho que vou ter que procurar outro médico. Outro psicólogo, um analista, um psiquiatra... O.O

Sei que assim não dá pra ficar.

Talvez eu procure meus melhores psicólogos:

Meus amigos!

Aqueles que eu ando renegando tanto, tentando poupá-los de saber o que eles sempre querem saber.

Deixe para lá. Depois eu vejo isso.

Hora de ir arrumar minha cama...

¬¬

sábado, 21 de junho de 2008

Tomara que você (não) leia isso

Pra quê? Pra quê você simplesmente se apaixonou por mim? Logo por mim, uma pessoa que te faz sofrer tanto, que te pisa e que te manda ir pro inferno quase todos os dias?

Quando? Quando foi que esse sentimento chegou? E aquela encrenca toda que nós causávamos? E nossas brigas por não suportamos um ao outro? Pelo amor de Deus, não se torne tão passivo e não ache que sou o ideal pra você. Nós não temos nada a ver um com um outro!

O quê? O que foi que eu fiz que te fez estar de joelhos diante de mim agora? Será que foi uma dessas minhas jogadas de cabelo? Foi quando eu finalmente mostrei minha fragilidade diante de todos? Será que eu vou finalmente comprovar minha teoria de que homem realmente gosta de apanhar?

E o pior: Mulher também gosta! Vê necessidade nisso, não sei pra quê. Em vez de ficar contigo, meu querido amigo, eu prefiro continuar sozinha, amando alguém que eu sei que nunca vai me amar o quanto eu o amo, que nunca vai ver que atrás dessa máscara de frieza existe uma pessoa que o ama mais do que ama a própria vida. Eu prefiro que seja assim, mesmo que eu saiba que vai ser pior pra mim e pra você. Pra ele, eu já não sei. E prefiro não saber, pelo menos por enquanto.

Por isso, eu peço, por tudo que há de mais sagrado: Volte a me odiar! Eu não mereço o amor de ninguém. E mesmo que merecesse, o que você me dava já estava de bom tamanho.

Por favor, me esqueça! Tenho medo de magoar qualquer pessoa.

Deixe-me sofrer sozinha...

sábado, 14 de junho de 2008

Insônia e mágoa

Eu me espanto em ver do que o ser humano é capaz, às vezes. Capaz de magoar outra pessoa falando coisas banais, que daqui a uns 5 minutos já esqueceu, mas aquele que ouviu vai lembrar pro resto da vida. Por que estou escrevendo sobre isso? Porque falaram coisas pra mim hoje das quais eu vou passar um bom tempo pra engolir, e não vou digerir nunca. Bom, eu nunca digiro mesmo. E uma dessas pessoas, eu peço perdão. A culpa não é dela. É totalmente minha.

Não vou aqui ficar citando nomes e fatos, até porque não teria blog que coubesse tanta mágoa, tantas palavras perdidas... É arriscado eu morrer e nunca falar sobre a maioria delas, porque a maior porcentagem foi feita por aqueles que amo. E se não foi por eles, foi por aqueles que não vale à pena lembrar. Devemos deixar nosso passado de lado, não é o que dizem? Esquecer os problemas? Pelo menos eu finjo que faço isso.

Eu sei que isso tudo passa, mas eu sempre fui muito de deixar acontecer e sentir o momento por inteiro. Como minha vida não anda nada feliz, imagine o tipo de sentimento que eu ando sentindo agora. Os piores são os prazeres passageiros, que quando passam você se acha a pessoa mais fútil e vulgar do mundo por ter perdido tempo com aquilo, mas depois (bem depois, no meu caso), vê que foi até bom não estar fazendo outra coisa. Pelo menos você tem o que contar. Poderá causar um sentimento bom em alguém, que vai pra olhar pra você e dizer: “E eu pensava que eu era ruim!”.

Pra falar a verdade, acho que nunca tive uma felicidade por completo. Nessa vida, aquela velha música está mais do que certa: “Tristeza não tem fim. Felicidade sim.”. No fundo, eu reclamo, mas eu sei que isso tudo é necessário pra que um dia eu seja plenamente feliz. Agora, me diga: Há cabimento a pessoa correr atrás de algo que nunca soube o que é? Felicidade?

 Essa eu deixo em branco. Chega de questões por hoje.

Pra finalizar, sei que já falei muita coisa que magoou muita gente. Peço perdão a todas elas, pois agora sei que o feitiço sempre volta contra o feiticeiro, seja ele bom ou ruim. Foi uma frase que eu sempre usei, mas não havia absorvido o significado ainda. Agora, apesar de sabê-lo, não vou praticá-lo, porque eu preciso de mais situações para quebrar a cara para aprender de vez o que tem que ser feito. É assim mesmo, não estranhe.

Você também é assim. Todo mundo é...

Pelo menos nessa parte.







Chega! Agora eu vou dormir!











quarta-feira, 11 de junho de 2008

De mim para mim mesma

Hysteria  Alô, querida! Como foi seu dia?

Isolda  Pela minha cara dá pra saber, não?

Hysteria  Não. Você vive de cara fechada! É difícil saber quando você está só séria ou se está triste. Há pessoas que com anos e anos de convivência aprenderam a distinguir, mas nem eu sei.

Isolda  Mas espere aí! Eu também sei rir.

Hysteria  Eu sei que você sabe, mas convenhamos que seus momentos de felicidade verdadeira são raros. E a maioria de seus risos são forjados. E o melhor de tudo: A máscara está caindo!

Isolda  Pior que você está certa... Ora, nós somos a mesma pessoa, sua jumenta! Você sabe muito bem o que se passa, e sabe muito bem que meu dia foi uma merda!

Hysteria  Sei, sim. Mas sei também que você precisa se abrir com alguém, mesmo que seja com você mesma, apesar de já ter conversado com outras pessoas. Nem você mesma se entende, mas é a que vai mais no rumo.

Isolda  Realmente... E é até melhor, pois assim eu não preciso incomodar ninguém, além de mim mesma.

Hysteria  Lá vem! Esse sentimento de novo, de não querer incomodar os outros com seus problemas. Pára com isso! Tem gente que se preocupa contigo, sabia?

Isolda  Mas os outros tem seus problemas também. E você sabe que eu odeio parecer fraca.

Hysteria  Mas eles não acham isso.

Isolda  Acham, sim! Quem foi que te disse que não?

Hysteria  É óbvio, ora bolas! Os que sabem realmente o que você passa não vão te julgar assim.

Isolda  E a maioria, que sabe de pouca coisa e julga por cima?

Hysteria  Bom... É. Mas você não tem culpa, tem?

Isolda  ¬¬’

Hysteria  Não faça essa cara pra mim. Você sabe que eu detesto!

Isolda  Empatou, então.

[...]

Hysteria  Isolda!

Isolda  Diz, Hyst!

Hysteria  Tu já decidiu o que tu vai fazer?

Isolda  Tu sabe que eu não sei.

Hysteria  Mas já está tudo ai, com pressão de todos os lados. E agora?

Isolda  E agora, foda-se! Eu vou embora daqui, isso sim.

Hysteria  Pra onde?

Isolda  Não sei. Só quero que seja pra bem longe.

Hysteria  E deixar todos que você ama aqui?

Isolda  *Suspiro* O que é que eu posso fazer? Uma hora eu vou ter que ver o que é melhor pra mim, mesmo que seja longe deles.

Hysteria  E será que você agüenta?

Isolda  Sinceramente, já enfrentamos coisas piores. Essa só vai ser mais uma provação.

Hysteria  Mais uma que você passar se afogando em lágrimas.

Isolda  Eu sou de câncer. Você sabe muito bem que eu sou assim. Tá achando ruim? Vá embora!

Hysteria  Se eu pudesse...

Primeiramente as coisas primeiras

De começo, vou me apresentar. Sou uma pobre diaba que nunca teve nada totalmente seu que não fosse sua alma. Acho nem isso. Como diz Raul, eu me olho no espelho e me sinto uma grandíssima idiota, sei que sou humana, ridícula e limitada, que só uso dez por cento de minha cabeça animal.

Desde muito cedo, fui criada com a mais pura, nua e crua realidade da vida. Ninguém nunca me poupou de nada; eu até agradeço, porque se tenho um pouco de cabeça hoje, foi por causa desse tratamento de choque. Mas é por causa dele que hoje eu passei de realista para pessimista totalitária.

Resolvi fazer esse blog porque sinto necessidade de escrever sempre, principalmente nos momentos que meus sentimentos estão se exaltando, seja em profunda tristeza (a mais freqüente) ou extrema alegria. Publicarei de tudo um pouco, mas principalmente isso. É bom saber que pelo menos alguém pode até parar pra ler alguma dessas babaquices que escrevo.

Sempre detestei blogs, até porque sempre que pensava neles, me vinham aqueles que só tem playboyzinhos e patricinhas com 31657864355 fotos, um querendo ser mais bonito e gostoso que o outro. Ostentação de beleza física pra mim é a pior coisa que existe, e não é só porque eu sou feia, não. É porque eu sou plenamente consciente que aquilo tudo vai ser devolvido à natureza, seja como adubo, cinza e qualquer coisa assim.

Tem muita gente que diz que sou emo. Tenho certeza que nunca virão uma “ema” tão inteligente quanto eu, porque o resto todo são umas antas batizadas. Mas ainda assim eu discordo, porque se eu me deprimo, é por causa dos meus problemas, que no ponto de vista de qualquer pessoa normal que sabe o eu realmente passo, é motivo para qualquer um se matar. Emo corta os pulsos porque o céu é azul e ele gostaria que fosse rosa com bolinha pretas. ¬¬’

Lendo isso, muita gente acharia que eu só me importo comigo mesma, que só vejo a mim mesma e acabou. Errado! Se eu sou assim, é porque sempre me importei mais com os outros do que comigo. Quando ia olhar pra minha vida, via a bagunça que estava. Minha psicóloga até disse pra eu parar com isso, mas é algo que eu vou carregar comigo pro resto da eternidade. É minha sina, caso encerrado.

Talvez com essa minha iniciativa, eu até perca um pouco do medo que eu tenho de falar, de me expressar. Sou do tipo que se treme dos pés à cabeça quanto vai falar em público e que não consegue dizer o que sente por uma pessoa, mesmo que aquele sentimento seja a coisa mais pura e singela que existe. Mas isso é um assunto pra outro post.

Enjoy. ^^