quinta-feira, 17 de junho de 2010

Demagogia amorosa

E eu te adoro. Aliás, é pouco. Eu te amo. Todos os cheiros e luzes que você me proporcionou são suficientes para isso. Tu me deste os melhores momentos das últimas semanas que nenhum outro ser que passou por mim poderia me dar. Por isso já posso esbravejar aos quatro ventos a palavra mais forte que o ser humano tem e talvez a mais utilizada. Nós, de mãos dadas agora, podemos mostrar a todos que nossa felicidade é superior.
Seria mesmo isso o amor que o resto dos humanos julga ser? Esse tremor nas mãos que em todas as páginas ditam ser amor não pode ser algo diferente? Talvez não. É difícil acreditar que tantas páginas sejam escritas só para parecerem felizes. Acreditar nisso não funcionou nas outras vezes, mas o que posso fazer além disso? Desacreditar na sinceridade das páginas e na beleza dos sorrisos esboçados nas praças?


Algumas páginas, beijos e suor compartilhados entre eles e outros...

Eu te odeio! Como pude acreditar que meu sentimento tão sincero era correspondido? Nossos olhares ao redor não significaram nada além de mais oportunidades? Controlei-me à toa ao recusar todos os outros amores disponíveis? Irei me agarrar ao primeiro que se apresentar e se mostrar melhor que tuas (in)jur(i)as.


E eu, que sempre escolho minhas palavras como se estivesse as levando para casar, estranho e sangro, mesmo sem saber se aquilo realmente tem uma fina camada de desespero ou de interesses exteriores, cada vez que essas palavras ou semelhantes me golpeiam, mesmo sem querer:



Hey, você! Eu acho que te amo!






Feliz dia dos namorados atrasado, minha gente!