segunda-feira, 18 de maio de 2009

Esperança de raízes mais profundas

É o fim de mais uma jornada. Já caminhei tantas e tantas vezes ao redor do mesmo campo que vejo que há várias outras coisas a se descobrir. O que vai ficar na minha mente é a lembrança de que um dia fui feliz ali e que poderei voltar quando quiser. Espere... Será que poderei mesmo? O monotonismo cansa e nem mesmo as flores que cultivei por tanto tempo suportam sentir meu toque. Ao me verem, escondem suas pétalas e só se abrem quando eu estou bem longe. Algumas ainda se dispõem a me ver e me oferecem um pouco de sua cor e seu cheiro, mas nada que não dariam para qualquer um que passasse por ali. É como se eu estivesse as privando do Sol, que as aquece e se esconde assim que a noite invade aquele lugar, sendo que eu gostaria de aquecê-las e iluminá-las sempre que elas quisessem e precisassem.
Talvez eu não possa lhes dar mais o que elas precisam. Eu sei que, mesmo que eu parta, elas irão encontrar quem lhes ajude a crescer cada vez mais. Só o que eu quero é que elas não guardem rancor dos dias em que eu não pude cuidar delas, pois minhas mãos já estavam machucadas demais por causa de seus espinhos. Minhas feridas eu sempre tentei curar sozinha, mas vejo que dessa vez elas não cicatrizarão tão rápido. Recorrerei a outros meios, mas juro que volto em breve para, se elas me aceitarem, tentar corrigir os erros que cometi e oferecer às flores que eu tanto amo o melhor que eu posso dar.

Sentirei saudades.


“So much more I wanted to give to the ones who love me
I’m sorry”