terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ânsias e o óbvio a seguir

Hipocrisia. Palavra nenhuma descreve aquilo que demonstrei até meses atrás. Uma fingida adoração por alguém que nunca mereceu ao menos pestanejar no mundo em que vivemos, por pior que esse lugar seja. Mas parei. Continuo falha e arrogante, mas parei, por um fio de dignidade ainda me resta. Rastejei por aquilo por que todo ser humano briga desde o momento em que o vê, mesmo sem saber o tanto que aquilo irá destruí-lo. E tortuosamente estava me destruiu... Sentimento imundo de glória, de querer ser mais do que alguém por algo que se esvai como qualquer matéria mundana.
Sábia foi minha mãe, que me chamou de mercenária, golpista. Chorei, encenei ser a mais pura das criaturas, sendo umas das mais asquerosas. E até sofri, mas quem é que não sofre com a verdade? Já dizia alguém: A verdade dói! E doeu bastante, para ser sincera. Vinda da boca da pessoa que mais amo, não poderia ser diferente.
A cara dura veio à tona. Assumi à minha mãe que era realmente tudo aquilo que ela declarou, e que isso não era nada demais. Com o tempo, ela se acostumou com a idéia, apesar de não achar muito prudente. Mas do jeito que as coisas andavam... Óleo de peroba em meu rosto, então!
Mas então a coisa toda foi secando. Aquela peça estava se tornando um tanto quanto maçante para mim e eu não suportava mais interpretar o mesmo texto. Não fazia mais sentido, apesar de eu sempre querer sempre daquilo do que aquele ser tinha a me dar, mesmo que ele não desse de bom grado. Se ele ao menos soubesse o que é viver e não ignorasse o fato de estar tratando com humanos, se não os tratasse como se fossem reles subalternos dele... Talvez eu não carregasse esse sentimento que me queima por dentro, de tão frio e tenebroso que é.
Não posso dizer que não lutei para expulsar esse ser de perto de mim o quanto antes. Mas ele sempre encontrava um jeito de estar à cerca de mim, me dando mais e mais... E à cerca de minha mãe, quem sempre quis que não tivesse visto nada do que aconteceu esse tempo todo. Daria minha vida pra que ela não tivesse sofrido tanto e pra que ela não tivesse que me ver nesse estado.
E então, há pouco tempo atrás, eu parei. Jurei que não queria ver mais ver aquele ser de nenhum modo. Ele me julga inferior a ele, imagine só! Posso ser uma simples e frágil humana, que cai mais do que levanta, mas inferior a certo de gente eu não admito ser e nem sou. Se eu for a causa da desgraça da vida de alguém, me prove agora, e então eu pedirei perdão e ai farei tudo mudar, mesmo que isso me custe o último fio de cabelo. Mas disso esse não é capaz... Se faz de cego perante a merda que fez na vida de tanta gente e sorri para aqueles que só conhecem aquela carcaça que somente dança, e dança, e dança...
E cá estou agora, colocando esse meu sentimento tão vergonhoso pra fora, de que sou incapaz de dizer que um dia vai sair de mim. Nessa vida não, com certeza. Em numa outra, quem sabe. Ainda carrego uma carcaça muito pesada, e com toda sinceridade, mereço isso. Me chamem de louca o tanto que quiserem, mas a verdade é essa, mesmo que muitos não a enxerguem.
Talvez nem me chamem assim... Ninguém é tão normal que possa me julgar assim. Talvez me perguntem novamente aquilo em que só escuto e guardo a resposta pra mim, mesmo sem eu mesma não entendê-la muito. Me esquivarei novamente quando ouvir:
- Menina, como você consegue ser tão fria?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Eita, Tuomas...


Desculpem minha ausência, mas é que, além de estar muito ocupada esses dias, eu fui realizar um dos meus maiores sonhos: Ver o Nightwish!

Planejo vê-los desde o momento em que comecei a gostar da banda (faz uns 4 anos ou mais) e simplesmente pirei quando vi que ia haver um show pra Fortaleza.

Fui pra lá, claro! Sai correndo do colégio pra pegar o ônibus pra ir pra lá!

Meus acompanhantes foram Luciana, Renato, Tiago e a mãe da Luciana. A viagem de ida foi meio tensa, todo estávamos meios nervosos. Eu e a Luciana não podíamos ouvir as músicas do Nightwish sem imitar a Anette (Ok... Yep, yep, yep!). Sei que do meio pro fim, eu apaguei. Acordamos com o seguinte diálogo:

Eu: Nós já estamos em Fortaleza?

Luciana: Hmm...

(Vemos algumas mulheres de vida fácil na rua)

Luciana: Estamos sim.

Eu: É mesmo! =P

Chegamos na rodoviária. Pra começar, um táxi rouba a gente do amigo dele que ia fazer a corrida (Ow profissionalismo! Kkkkkkkk). Chegando na pousada, não tem quarto pra gente. Vamos pra um quarto DUPLO, nos jogamos na cama e cochilamos um pouco. Daqui a pouco, vamos tomar banho... Melhor, vamos lavar a cara, porque do chuveiro quase não saía água!

Daí, fomos ao Dragão do Mar esperar o povo pra ir ao hotel. Demorou pra caramba e apareceram Wilson, Amanda e Gaspar. Vamos para o famoso Holiday Inn.

Dobrando pra ir pra entrada do hotel, a primeira tela que eu vejo é a do Tuomas. Não me controlei:

Eu: O Tuomaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas!

Alguém: Shiiiiiiiiiiiiu! Não grita!

Ele já tava indo pra praia e dizendo “See you later” e eu chego “Wait, wait” e tiro uma foto com ele. O Gaspar também saiu na foto, mas quase que ele não vem, de tão travado que tava. Peguei o autógrafo dele, o abracei e deixei ir à praia. Não seguimos ele... Aliás, somos o fãs mais educadinhos que existe! Detalhe: Ele foi à praia de blusa, bermuda e TÊNIS PRETOS. Pega o doido!

Depois de esperar um bocado, ele volta. A gente nem triscou nele (e eu morrendo de novo). Foram uns caras lá falar com ele e dizer pra o resto da banda descer também (o Marco já havia descido, eu queria muito tê-lo visto). Tuomas disse que de qualquer jeito eles iam descer. O que ele não podia fazer era arrastar o resto da banda ali pra baixo.

Sei que nós passamos 6 horas lá em baixo e nada! Ficamos lá falando besteira a tarde toda, nos irritando com o porteiro com cara de mal pago, e pra completar, ainda mentem pra gente, dizendo que eles tinha ido embora, sendo que eles ainda estavam no hotel. Mais uma vez, a produção do Nightwish dá a volta na gente. Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiih!

Voltamos pra pousada pra tomar banho. Agora, num quarto mais descente, com o chuveiro que realmente chove, não pinga. Engolimos qualquer coisa e fomos pegar o carro com a Joy e as outras meninas de Mossoró que foram buscar a gente.

Na fila, peguei meu ingresso que estava com a filha da minha vizinha que morava perto do Arena (a casa de shows) e fui ficar lá com o pessoal. Já fiquei lá pela frente, porque o Wilson e o Gaspar foram pra fila logo depois de irem ao hotel (aliás, me lembrem de agradecer vocês direito depois, guys! Adoro vocês!). Depois de muita espera e bagunça, entramos.

Depois de muito sofrer em três shows de abertura e de muito “Olê, olé, olé, olé... Nightwish! Nightwish!”, eu grito: “ Solta a introdução ai!”. Alguém que eu não recordo o nome fala pra mim “Não fala isso que tem muito homem aqui do teu lado!”. Eu viro e vejo um loiro com um sorriso muito safado pra mim. Digo logo: “Nem! Sai pra lá!”

Logo depois disso, soltam a introdução. Daqui a pouco, a banda mais foda do mundo entra no palco. Começam a tocar o single “Bye Bye Beautiful” e começam a me matar espremida. Quase morro!

Depois disso, fui inventar de ir lá pra frente. Ai é que eu quase morri esmagada mesmo! Tinham muito maconheiros e tarjetes por lá. Algum idiota grita “Cadê a Tarja?” e eu, já com raiva e destribuindo murro e cotoveladas pra todo lado, grito “Vai tomar no cu, tarjete do inferno!”.

Depois daí, foi só alegria! Voltei pro meu lugar, assisti o show mais perfeito que existiu no mundo e gritei que nem uma louca. Estou radiante até agora! Ver titia Anette arrasando, o viking Marco rindo de mim gritando “Chupa rola grande”, o little hobbit saltitante Emppu correndo pra lá e pra cá, o Jukka (o bêbado da madrugada) fodástico e o Tuomas bangueando e agitando a galera (raridade total) não tem preço!!!!!

Logo após o show, eu procurei um local aberto e me joguei no chão. Pensavam que eu tinha desmaido, mas até que eu tava perto. Fui lá pra fora e fiquei frescando com povo até o carro chegar de novo. Chegando na pousada, tirei o tênis e me joguei na rede.

Esse outro dia eu não gosto nem de lembrar... Eu inventei de ir ao shopping enquanto o resto do povo ia à praia. Não fiz nada, fiquei só rodando lá. Enquanto isso, eles foram ao hotel de novo e conheceram o resto da banda toda! Droga!

Depois, a gente se encontrou de novo, fomos ao shopping almoçar, voltamos pra pousada, fomos à praia, rimos de muitas coisas, voltamos pra pousada, jantamos e pegamos o ônibus de volta.

Até agora eu estou me convencendo que eu fui ao show do Nightwish e que eu estive cara a cara com o Maestro Tuomas. É bom demais pra ser verdade!

Dando uma de Tiago agora, “Ow vida de quem ganhou na loteria 2 vezes... Mas ow futuro triste sem o Tuomas!”

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?

Tá, confesso! Minha esperança voltou. Sem motivo nenhum, mas voltou. Acho que nem chega a ser esperança, e sim coragem. Ou melhor: Cara de pau. Nunca pensei que iria dizer isso, mas cá estou.

De repente, no meio de tantos problemas e afazeres, me veio uma vontade de sair só vontade e ir logo pra prática. Lógico que não depende só de mim, mas vai que dá certo? Sei que a maioria não deu, mas pelo menos uma vez na vida quero ter pensamentos positivos sobre um futuro ato meu.

As chances são mínimas (ou quase inexistentes), a concorrência é quilométrica, nem todos conseguem, mas eu quero tentar. Sempre quis isso, e agora quero mais do que nunca ir em frente pra ver se eu tenho chance.




Irei... atrás de um emprego!




Ou não.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?

Não se sabe agora quando Ana vai dar mais atenção para o mar. O mundo chamou-a para a obrigação e o desprezo, sendo que perto do mar ela nunca teria nada disso. O mar agora não terá a quem entregar seus encantos e segredos.

Ana se foi e o mar não poderá fazer nada para mudar esse fato. Ele é estático, imóvel, incoerente. Nunca terá coragem de na ressaca alagar todo o mundo que faz mal à sua amada e trazê-la de volta pra si. Nunca terá coragem de derrubar um só casebre para ir atrás de Ana. Agora, ele se guardará numa profunda tormenta, onde ninguém ousará em chegar perto nem ao menos de sua margem. Covarde, ele não deixaria ninguém desbravá-lo e descobrir o porquê dos tesouros inatingíveis.

Talvez Ana corra o mundo e encontre algo coisas mais belas e atraentes. Talvez ela se perca no que os homens chamam de vida. Talvez ela esqueça que o mar exista. Mas ele sempre estará lá... Quando Ana descobrir que o mundo só quer que ela seja mais uma, ela voltará para o mar e se afogará no seu carinho e amor que é somente dela.

P.S.: ♫ Ana e o mar... mar e Ana
Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar ♫

Deus te ouça, Anitelli!

domingo, 7 de setembro de 2008

Obreira

Mais uma provação. Uma fase se encerra agora e sinto que cumpri meu dever. Poderia ter feito melhor, todavia terei tempo de consertar o que fiz de errado.

Eu fui a último a sair. Mas por que isso? Logo, logo irei saber, apesar de depois ter que esquecer de novo. É pro meu próprio bem. Às vezes, saber demais acaba nos prejudicando.

Olho pra o que construí. As bases não estão tão seguras como poderiam estar, mas a partir de agora a tormenta não vai ser tão grande. A entrada ainda é meio restrita e de difícil acesso, mas isso irá mudar com o tempo. Além do mais, o local é amplo e todos se sentem à vontade. Quando há uma reclamação, tenta-se mudar, mesmo que seja difícil e se tenha que destruir algo que antes era importante. As janelas tem fumê e são bastante amplas. Talvez eu retire o fumê mais tarde, porque reclamações existem aos baldes. O espaço foi bem aproveitado, tanto que ninguém o explorou por inteiro. Muitos reclamam porque a iluminação é fraca e falha, porém é algo que também irei mudar.

A cada hora que passa eu posso mudar o que construí aos poucos. Quem tem pressa não poderá ver o quão magnífica será minha obra. Agora mesmo, parei para descansar um pouco.

Descansando, eu planejo o que farei na próxima temporada.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

What kind of love?

Será que as pessoas realmente só amam quando vêem sofrimento? Só se juntam e combatem o que tem que ser combatido quando há dificuldades pela frente? Somos todos inimigos, e o inimigo do meu inimigo é meu amigo?

Que tipo de amor é esse, que não aguenta ver alguém tentando fazer o que gosta? Não consegue ver uma pessoa tentando ser feliz, que involuntariamente ou não vai lá e destroe tudo, sem pedir licença? Alguém ai é capaz de sentir amor de outra pessoa quando se está feliz? Essa pessoa, que diz te amar, fica feliz junto com você? Ou o verdadeiro amigo que fica do seu lado na hora das alegrias realmente não existe?

Se existe, se manifeste! Sei que não estou nada feliz, mas quando eu estiver não estrague isso! Se não for capaz, veja se eu sou digna desse sentimento que você tem por mim. Talvez assim eu comece a lembrar o que é se sentir calma num abraço, como me senti há pouco tempo.

É tudo, por enquanto.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aviso de consenso

G., tá tudo bem agora.
Eu não fui embora e eu a mamãe conversamos e vimos que ambas as partes tem que mudar. Citamos essas mudanças e nos comprometemos em cumprí-las.
Eu espero, do fundo do meu coração, que isso dê certo, porque o aviso foi dado: Se ela não mudar, eu faço o que eu não fiz hoje.

Não se preocupe! Tá tudo bem!

Beijo!


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Só postei isso pra prestar contas pra quem tava preocupado por causa do meu post anterior.
Desculpa o susto, queridos! Agora vai ficar tudo bem!



Pelo menos eu espero...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pais,

Já chega! Foi demais pra mim! Podem tirar tudo de mim, mas não minha vontade de viver, como estão fazendo agora. Eu não vou ficar aqui ouvindo absurdos e sendo humilhada todas as vezes que cometo um deslize ou até quando eu nem tenho culpa. Ter que ouvir todos os dias que sou inútil da pessoa que você mais ama no mundo tira minha vitalidade pouco a pouco. Antes que tirem o que ganhei de melhor de Deus, eu me retiro, já que não presto pra nada pra vocês.

A verdade é uma só: Vocês sempre quiseram que eu fosse perfeita, para cobrir seus erros e os de outrem no passado. Mas isso não existe! Eu não sou perfeita! E não vou ser agora, e nem serei do jeito que vocês querem! Se eu sou extremamente falha hoje em dia, é porque eu odeio a idéia de perfeição de vocês. No dia que eu me for, eu tenho certeza que serei uma pessoa melhor. Cansei de esperar que esse momento chegasse. Ou é agora ou nunca. Se for mais tarde, sinto que irei morrer por dentro.

Talvez isso nem seja um adeus. Gostaria muito que não fossem me procurar, mas se forem e me acharem, paciência! Mas se não, talvez eu volte pra dizer como estou e para matar a saudade dos amigos que vou deixar aqui.

Talvez não dê certo. Talvez eu seja morta, violentada ou estuprada no caminho. Talvez morra de sede ou de fome. Mas tenham certeza de uma coisa: Só o fato de me ver e me sentir livre por um momento já vai ter valido à pena.

Finalmente serei feliz... Mesmo que ninguém se importe com isso.

Beijos! Nos veremos quando Deus quiser!

Isolda

P.S.:

- Mãe, eu te amo! Estou indo embora pra não perder esse sentimento.

- Pai, continue me ignorando. Siga sua vida e seja feliz.

- Irmão, continue assim! Por tudo que você passou e nos fez passar, você merece ser feliz, se dar bem na vida e nos mostrar o resultado. Ainda falta muito, mas você consegue! Eu acredito em ti!

- Amigos, principalmente os verdadeiros irmãos que fiz no meu ex-colégio, R., H.V., V., P., H.M. e G.: Vocês são o bem mais precioso que eu tenho, igualando à minha própria vida. Com vocês eu aprendi a amar os outros como a mim mesma. Levarei vocês comigo pelo resto da eternidade.




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Se esse texto é pessoal? Ô se é...



Até outra hora, pessoal!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mãe?

Eu tenho um sério problema. Sei que ele não é o único, mas esse é ridículo! O que acontece é que, mesmo fazendo sexo com camisinha, eu morro de medo de ter engravidado. Enquanto minha menstruação não chega, eu fico louca, achando que destruí minha vida, colocando mais uma pessoa nessa zorra que nós chamamos de Terra. Mas hoje, mesmo aliviada por isso não ter acontecido, me senti péssima por ter desejado tanto que isso não acontecesse ao ponto de querer sumir.

Tive uma relação sexual recentemente, muito bem protegida, diga-se de passagem. Mas, algumas horas depois que isso aconteceu, comecei a me torturar, pensando estar grávida.

-- Meu Deus, o que vai ser de mim? Estudante que nem na faculdade está ainda, não sabe nem o que vai ser da vida, não tem nenhum emprego, mora só a mãe que com certeza lhe apedrejaria pelo que fez e não tem a mínima condição psicológica, cronológica e financeira de ter um filho?

Fiquei com isso na cabeça o mês todo. Não queria nem ouvir de sexo, só por causa idéia maluca.

Mas de ontem pra hoje, tudo mudou.

Depois já ter passado um tempo com essa idéia na cabeça e já estar quase convencida que estava totalmente ferrada, tive um sonho totalmente insano. A história é a seguinte: Eu estava tendo um caso com um homem muito estranho, desse tipo altamente machista e autoritário, com aquele ar sombrio que assusta qualquer um. Estávamos eu e ele passando o final de semana numa casa de praia em Luís Correia, cidade do litoral daqui do Piauí.

Numa certa ocasião, nós estávamos almoçando num restaurante, quando eu fui ao banheiro. O lugar era grande, mas era nojento ao extremo: chão sujo, pias entupidas e cheias de cabelo, vasos sanitários com coisas dentro que até Deus duvida, etc. Tirei na bolsa um desses exames de gravidez de farmácia, que é só mijar em cima que ele determina, mudando de cor ou com qualquer outro artifício parecido. Entrei numa daquelas cabines grotescas, fiz o serviço com o maior cuidado de não triscar em nada e esperei. Resultado: Grávida!

Sai correndo louca pelo banheiro, dizendo não acreditar nessa ironia do destino e xingando tudo, aos berros. As mulheres que estavam lá tentaram me acalmar, mas não adiantou muito. Sai do local fumaçando de raiva.

Cortando pra outra cena, estou recebendo na casa uns amigos do meu “marido” que iriam passar dois dias com a gente: Amy Winehouse e Quentin Tarantino (viajei na maionese). A Amy estava muito cabisbaixa, por ter sido obrigada a se separar do Blake e se casar com o Tarantino, por motivos que eu desconhecia (e desconheço). Cheguei a perguntar pra ela se estava tudo bem, e ela respondeu, com o mais forçado português que eu já havia visto:

-- Eu estou bem. Está tudo bem.

Deixei isso pra lá.

De repente, muda pra uma cena em que o Tarantino está pendurando quadros com fotos da Amy na parede do quarto onde eles iriam dormir aqueles dias. Ela ficou apenas olhando aquilo, sentada na cama, prendendo o choro.

Outro local. Agora, eu estou passeando terraço da casa e me ponho na ponta dos pés para ver o mar, já o muro que cercava a casa era bem baixinho. Vi que a maré já estava a uns 20 metros da casa. Olhei pro lado e vi que minha mãe também estava lá, olhando o mar. Ela já conhecia o local, então eu perguntei.

-- Mãe, a senhora sabe se a maré vem até no muro ou só fica por ali mesmo?

Ela nem olhou em minha direção. Fez uma cara de tédio e desgosto e continuou olhando pro mar. Depois de uns 3 minutos, ela respondeu:

-- Às vezes ela até cobre o muro!

Virou-se e foi embora.

Como instinto, me afastei do muro. Fiquei na parte lateral do terraço, quase em um corredor. As ondas já tinham chegado ao muro e já ameaçavam cobri-lo. Fiquei imóvel. As ondas passaram por cima do muro e a água escorreu até chegar a meus pés. Fiquei ali, imóvel. Tive um súbito desejo de sentir o que o mar queria de mim e fiquei. As ondas foram aumentando. Já estavam mais altas do que eu. E sempre aumentando. Aquela força me enchia de um sentimento que eu não sei explicar. E então, eu sabia que a próxima onda me levaria pra longe. E eu fui com ela.

Fui arrastada pelas águas do mar por aquele corredor, perdendo o oxigênio e a consciência. Queria continuar assim. Só assim estaria livre. Bati numa parede, mas seria arrastada de novo. Até que alguém me puxou pela mão.

Com as últimas forças que me sobravam, olhei pra saber quem estava me salvando. Para minha maior surpresa, era o D. E atrás dele, o G., a V. e o H., fazendo uma corrente humana para me puxar de volta.

Abro os olhos. A maré ainda está correndo, mas eu estou a salvo, na varanda alta da casa. Ao meu lado, todos os meus amigos me olham, preocupados. Quando eu abro os olhos, todos correm pra saber se eu estou bem. Falei que sim, pois era o que parecia.

Logo após disso, acordei aqui em Teresina, na hora de ir me arrumar pra ir à escola.

Na escola, fiquei pensando no que isso poderia significar, mas não tive nenhuma idéia.

Numa certa hora, pedi pra ir ao banheiro. Chegando lá, quando desço a calça, vejo o que mais queria: Sangue! Levantei as mãos pra cima e agradeci a Deus com uma alegria enorme e fui pedir um absorvente na coordenação quase saltitando. Então, deixei o assunto do sonho de lado, deixei o resto tempo passar no colégio e depois fui a um endocrinologista, que já estava marcado há muito tempo.

Chegando lá, o médico me diz que eu deveria ter emagrecido mais, porque eu tinha passado mais de um mês sem ir ao consultório dele e emagreci muito pouco. Ele disse estar preocupado com os problemas que isso pode acarretar, se eu continuar engordando e ficar obesa.

-- Baixinha, eu me preocupo porque você é novinha. Já pensou se tu fica grávida? Seria uma gravidez de altíssimo risco! Se você engordar mais e chegar a obesidade. E a grande maioria das mulheres obesas q ficam grávidas tem problemas seríssimos, como a Síndrome de Eclampsia, que se tem q escolher entre o bebê e a mãe.

Realmente, ele tinha razão. Se eu ficasse grávida, ou se eu estivesse grávida, como pensei estar por um bom tempo, o bebê correria riscos sérios, mesmo que eu não seja obesa. Fiquei pensando um pouco nisso, mas não liguei muito.

Mais tarde, na hora do jantar, tenho mais um briga com a minha mãe. Ela diz que eu estou comendo demais. Eu disse pela milésima vez que ela só vê o que ela quer e que ela não se importava com o que fazia pra tentar emagrecer, mas sim só com os resultados. Quase que imediatamente, ela citou vários gastos financeiros que ela tem por causa da minha dieta, e me chamou de ingrata e mal agradecida por não dar valor àquilo. E não dou mesmo. Ela pode até dar isso tudo, mas sempre acha que é frescura minha quando eu ando fraca e sem forças por ai, querendo desmaiar. Mesmo os médicos dizendo que é por falta de açúcar no sangue, ela acha que é porque eu comi demais. Mais do que cansada dessa ladainha, mandei-a ir cuidar da vida dela.

Logo após disso, jurei a mim mesma que não vou mais fazer nada que me pareça absurdo. Mesma que seja ordem da minha mãe ou lei federal, eu vou agir de acordo com o que eu achar melhor. E jurei também que não iria fazer regime enquanto ainda estivesse morando com a minha mãe. Algo impregnado na minha mente desde pequena não me deixa agir sobre pressão, principalmente quando o assunto é esse. Por isso, só farei sozinha.

O juramento não durou 3 horas.

Depois da briga besta, liguei a TV e fui assistir Dr. House. O episódio mostrava uma mulher que estava grávida e o bebê estava com problemas e iria matá-la se ela não o retirasse. Ela não o tirou de jeito nenhum, mesmo sabendo que ninguém sabia o que fazer para ajudar ela e o bebê. O House, claro, queria tirar a criança desde o início, mas a chefe dele não deixou, pois se identificou com a paciente.

Houve uma cena em que a equipe média decide abrir a barriga da paciente e fazer uma cirurgia no bebê, e quando o House abre o útero e começa a sugar o líquido amniótico, a criança coloca o braço pra fora e coloca a mão em cima da mão do House. E foi ali que ele se sensibilizou com aquele ser humano em desenvolvimento e com a mãe dele. Chorei bastante vendo isso.

O que me tocou nesse episódio foi o amor que a paciente tinha pelo filho que a estava destruindo e a coragem dela de continuar insistindo em deixá-lo ali e tentar viver também, mesmo sem quase nenhuma esperança. E foi por causa desse exemplo de amor materno a alguém que pode te destruir que eu me senti um lixo. Como eu pude ser tão mesquinha ao ponto de não querer que um ser humano exista? Como eu pude querer sumir e deixar meu filho em um lugar bem longe de mim? Como eu pude pensar em até fazer mal a ele?

Eu sei, ele não iria existir nem que quisesse. Isso agora seria desastroso pra todos, e como eu falei no começo, e eu usei camisinha e vou continuar usando para evitar doenças e filhos, mesmo que eu ainda fique como um medo sem fundamento de ter os últimos depois. Mas se ele vier daqui a uns tempos? E se daqui alguns anos eu venha a ficar grávida? Eu vou ter esses mesmos problemas dessa paciente do House e posso até morrer, ou pior, fazer com que meu filho morra? Não! Eu não posso fazer isso. Eu não posso deixar meu filho morrer por causa de birra e de falta de vontade. A vida dele é o que mais importa, mesmo que eu nem saiba se ele vai existir ou não. Por isso, de hoje em diante, eu vou cuidar de mim para poder guardar aqui dentro alguém que eu amo e zelo mais do que a qualquer outra pessoa, mesmo sem saber se ele vai chegar a existir. Eu o amo mais do que a mim mesma; se é pra que ele fique bem, eu vou me esforçar pra melhorar, mesmo que ele não veja a chegar.

É loucura? Pode ser.

Chamo de outra coisa:

Instinto materno antecipado.

Se não existe, eu inventei agora!

sábado, 26 de julho de 2008

Sem ele eu não consigo

Mais uma vez, me sinto impotente. Mas essa impotência é algo que, apesar de me fazer sofrer, eu não quero perder nunca. E tenho quase certeza que não vou perder. O que sinto não é algo para se dissolver tão facilmente.

Nesse momento, eu só consigo pensar nas burradas que cometi tentando esquecê-lo. Entreguei-me nos braços de tanto outros que não faço idéia de quantos foram. Satisfiz meus prazeres carnais, mas tudo isso não adiantou. Eu o imagino em toda boca que beijo e em todo corpo que toco. Não é a mesma coisa, eu sei. Mas é o que me faz estar viva agora.

Às vezes me sinto culpada por usar as pessoas somente pro meu prazer e depois descartá-las, com se fossem lixo. Dessa forma eu até me vingaria por todas as vezes que fizeram isso comigo. Por todas as vezes em que alcancei o paraíso e o inferno em um curtíssimo espaço de tempo. Por todas as vezes que me usaram dos meus sentimentos mais puros para satisfazer seus desejos momentâneos. Mas não. Eu não sou assim! Eu me sinto a pior das criaturas quando vejo que estou usando alguém para tentar aliviar minha dor e meus desejos carnais. E me sentindo pior ainda por saber que não consigo controlar esse instinto inútil e asqueroso de tentar encontrar aquele que amo nos outros.

Preciso acabar com isso antes que eu machuque mais alguém.

Mas para isso preciso revelar o que sinto.

Quando encontrei meu amado soube, no mesmo momento em que olhei no fundo de seus olhos, que ele era o que sempre procurei. E o tempo me fez perceber que eu estava certa. E com o próprio tempo veio a certeza de que ele nunca sentirá nem um décimo do que eu sinto por ele. Eu sei que ele me ama, mas não do jeito que eu gostaria.

Pode ser loucura, eu sei, mas eu vou continuar aqui. Fugir seria pior ainda. Deixaria parte vital do meu ser para trás e mergulharia num mar de lamúrias novamente. Estar ao seu lado é o que importa, mesmo não podendo segurá-lo em braços e lhe dizer que ele me devolveu a vida, mesmo que ela agora seja totalmente dependente dele.

Se há esperança de que um dia ele venha pra mim, eu não sei. Só sei que sua presença é essencial pra que eu continue vivendo. Quando ele parte, leva todo o sentido da vida junto com ele, me deixando novamente sem rumo. E é segurando na mão dele que eu quero encontrar a felicidade, custe o tempo que custar.

♫ Já vai longe o tempo
Mas te espero
Um dia pode ser
Talvez eu volte a ver
Todas as cores que fugiram junto com você

Eu só digo a quem me pede
Que eu tenha um bom coração
Que me dê uma razão






Obs: Esse texto é impessoal!




Ou não...

sábado, 19 de julho de 2008

Puta que pariu!

Estive pensando muito sobre isso essa semana, mas, apesar dos fatos que acontecem em minha vida, eu nem liguei muito. Mas depois do que aconteceu hoje, eu estou meio estarrecida.

A Dercy Gonçalves morreu. E agora, Jesus? Apocalipse?

Mas não é nem sobre a separação do joio do trigo que eu estou falando. O que acontece é esses dias eu parei e pensei: Céus, com essa vida que eu levo, será que eu chego ao menos aos trinta?

Eu sei que eu tenho um exemplo dentro da minha casa de uma pessoa que se destruía e o mundo queria destruí-la, mas ela tá ai, vivinha. Mas e eu? E se eu não tiver essa sorte? E se eu tiver que mudar JÁ se eu não quiser morrer sem ver o fruto do bem que eu faço hoje me dia? Não estou a fim de acumular mais carma ainda.

Percebi, enquanto caminhava sozinha (I walk alone. Every step I take, I walk alone... Lá vem a Tarja de novo) que desde o ano passado eu, no meio do ano, tomo um porre e só depois vejo que estou errada. Só ai eu tomo uma providência.

Ano passado eu estava revoltada com Deus e o mundo. Mais com Deus do que com o mundo. Estava ficando meio maluca, confundindo os sonhos com a realidade, entrando em depressão mesmo. Um belo dia, enchi a cara. Dois dias depois aconteceram coisas comigo que eu infelizmente não quero falar agora. Vi que não podia continuar daquele jeito, porque do jeito que eu andava iria para um hospício, na melhor das hipóteses, ou iria comer capim pela raiz mesmo. Foi ai que eu procurei ajuda, e finalmente me achei. Hoje, sou espírita e não tenho mais problemas com Deus. Menos um, né?

Poucos dias atrás, bebi mais do que devia de novo, só que com mais intensidade. É tão tal que nem lembro de como foi que eu cheguei em casa. Não entendo muito os motivos, mas meu íntimo desconfia bastante do que de várias coisas. Antes disso, eu havia começado a fazer Tae Kwon Do, mas não estava ligando muito. Depois do porre, eu decidi me dedicar mais ainda ao esporte.

E próximo ano? Coma alcoólico e trabalho voluntário?

Não dá pra continuar assim. Tenho que fazer alguma coisa.

Beber do jeito que eu bebi nessas duas vezes, só se eu tiver um buraco pra me enfiar depois, porque pra casa eu não volto. Seria expulsa na hora! Mas a questão não é nem o álcool (que eu jurei pra mim mesma que vou controlar as dosagens de agora em diante). É a vida que eu levo em si, sem me cuidar muito, me deixando abalar por qualquer coisa, seja fisicamente ou psicologicamente. Tem médico que diz que não era nem pra eu ter nascido, já que era pra ser tão cheia de frescura assim. Pra parte psicóloga, quem foi que disse que psicólogo resolve? Até tentei, mas não me adiantou de muita coisa. Os fantasmas do meu passado e o meu “auto-ódio” sempre vão estar aqui. Será que psiquiatra resolve? Tentarei em breve.

Lembrando da Dercy hoje é que me pergunto: Será que eu consigo chegar aos 101 anos, totalmente lúcida e mandando mundo ir à puta que pariu?

Até lá, continuarei mudando pra ver se eu consigo. O ser humano é mutável, né?

Falta saber se eu sou humana também.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O começo e o fim

É dia. Sei que há muito que se fazer, mas um misto de preguiça e desânimo toma conta de mim. Estou naqueles dias em que pode estourar a Terceira Guerra Mundial e eu não vou nem perceber.

Arrasto-me pelas ruas da cidade, alheio ao que se passa à minha volta. A multidão me cerca, mas eu continuo só. Sinto falta do dia em que me senti meu e podia assim me dedica a alguém.

Por caminhos, ruas e alamedas que desconheço, chego à minha casa. Minha casa... Seria bem mais de qualquer pessoa do que minha. Sinto-me um estranho nesse lugar, ou tento me sentir, para esquecer o que aconteceu.

Lembranças imundas espalham-se pelas paredes, quadros, sofás e camas. Tenho nojo delas e de mim mesmo. Aquele cheiro ameaçador impregna em minhas narinas e eu sinto como se não pudesse tirá-lo de mim. Corro. Corro o mais rápido que posso.

Deixo meu instinto me levar. Vou parar naquele lugar onde os homens covardes se refugiam. Acho incrível como meu corpo deseja isso quando deveria querer almoçar. Como há quem ofereça, mesmo que não seja de graça, sempre há quem receba. Olho, analiso a que mais me agrada e sussurro em seu ouvido o que quero.

Proposta aceita.

Entro naquele ambiente estranho, mas me sinto mais à vontade do que em minha suposta casa. Recebo mil e um afagos enquanto passo, mas não me importo de quem sejam. Sinto agonia e uma embriagez assintética que me deixa abaixo daquela realidade. Dou a mão àquela que escolhi para ser minha momentaneamente e me deixo levar.

Entro. Entro com tanta força que até ela que está acostumada reclama. Uso daquilo uma forma de externar minha angústia e raiva. Já com tudo à mostra, observo as marcas dos outros que já passaram. Compadeço-me e me torno mais passivo. Como uma loba, ela reverte a situação e me devora. Não consigo mais me mexer. Deixo-me levar novamente.

É noite. Já não conseguia ver bem antes, e agora não vejo mais sentido em nada. Só o que quero é me libertar, fugir, sumir. Quero sair dessa carcaça em que estou preso. Dou o que ela realmente quer de mim e vou embora. Sigo novamente por qualquer caminho em direção ao nada.

Chego ao topo. Todos prefeririam chegar mais alto, mas eu quero chegar ao fim e não sentir mais nada.

Caio.

E me sinto meu novamente.



















P.S.: Ah-ha! Eu não escrevo só sobre mim, viu? Hehe xD

terça-feira, 1 de julho de 2008

Tua flor me deu alguém pra amar...

Eu não entendo esse sentimento que sempre me machucou tanto, mas que todos dizem ser a melhor coisa que existe e aquilo que vai salva o mundo. Duvido muito da real existência dele quando vejo jogarem crianças de cima de prédios, por exemplo. Talvez ele exista, mas é tão difícil sentí-lo hoje em dia...

Mas ainda é possível!

Por incrível que pareça, eu me alegro até com um bom dia. Sério! Pra quem convive comigo, isso parece até piada, porque eu geralmente ando de cara amarrada (mal humorada? Não. Só não vejo motivo pra rir à todo momento). Dou uns sorrisinhos de vez em quando, mas não na freqüência na qual eu vejo que a maioria das pessoas dão. Morro de felicidade quando alguém diz me ama; seja minha mãe, algum amigo ou amiga minha, namorado (esse hoje em dia está mais difícil de ouvir) ou outra pessoa que gosto, pra mim é quase sempre bom. QUASE! E por que quase? Para responder, usarei um clichê-mor: Amor não é para ser dito, é para ser sentido. Dizê-lo de vez em quando é bom, mas toda hora abusa e já soa meio falso.

Mais um motivo para eu duvidar desse sentimento é aquela velha situação que eu acho que quem nunca viveu não teve uma vida feliz ou pelo menos bem vivida: o amor platônico. Todo mundo sabe que é horrível se apaixonar por alguém e não saber se ele gosta de você do jeito que você gosta dele, ou pior, saber que ele não gosta de você. Na primeira opção o sofrimento é mais prolongado para aqueles sem coragem (exemplo: a pessoa que vos fala) que passam dias, meses, anos guardando aquilo dentro de si, com medo da rejeição ou algo parecido. Na segunda eu até disse que é pior, mas há uma grande vantagem: é mais fácil de esquecer.

Quando dá certo é uma maravilha. Todo mundo fica feliz, juntinho, blá blá blá... Mas e quando não dá, que pelas minhas estatísticas é o que acontece na maioria das vezes? Eu, que sou uma das últimas românticas (ai ai ai...) e vivo com isso, vi poucos para darem certo, e menos ainda para durarem por um tempo razoável. Minha explicação pra isso é dizer que o sentimento da parte da outra pessoa era pouco e se acabou. O meu durava (e dura) bastante... Por isso é que me ferro!

O que podemos fazer para mudar isso? Esperar. Só o tempo dá jeito nesse tipo de coisa. E tentar fazer algo, claro! Ajudar quem precisa é um prova de amor sim! Transmitir isso para outros nunca desmereceu ninguém, muito pelo contrário.

Agora, quanto ao amor platônico... Eu já não posso dizer nada. Essa parte sempre foi um mistério pra mim. É insanidade pura de muitas pessoas me pedirem conselhos amorosos (o que acontece muito). Sou a pessoa mais insegura e indecisa que existe. Duvida? Já passei três anos apaixonada por alguém e nunca disse nada. Acabei esquecendo esse, mas já estou sofrendo desse mal de novo.

Isso é gosto em sofrer?

Quem dera...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Típica aula relapsa

É incrível como a gente estar num lugar tão longe, que nunca se viu, sendo que seu corpo está num local totalmente diferente, o qual você detesta e gostaria muito que pegasse fogo e matasse aquelas pessoas que você tanto odeia.

Ufa! Saiu! Agora, vou tentar aterrizar...

Olho pra frente e, além de ver a cabeça de mais um desmiolado, vejo um monte de orações coordenadas sindéticas e assindéticas. E próximo delas, um cara usando uma camisa social semi-aberta, no objetivo de mostrar um cordão de ouro. Cafona! [Christian Pior mode off]

Em teoria, está todo mundo prestando atenção nessa pessoa de gosto duvidoso. Mas será mesmo? Será que na tem alguém que, como eu, está olhando pra ele e tentando adivinhar o que vai ter pro almoço? E se for realmente só eu, será que eu estou me achando melhor do que os outros? Não. Vou esquecer logo esse questionamento. Como sempre, me sinto a pior das criaturas.

- Cachaça!!!

- Hã!

Oops! Esqueça essa parte. É que eu olhei pra um guri que fala nisso. Voltemos para o contexto.

Estou morrendo de sono. Como sempre, fui dormir depois de uma hora da madrugada, conversando qualquer coisa com qualquer pessoa. Apesar dessa sensação ruim de não poder fazer o que eu quero, me sinto feliz. Pelo menos nesse aspecto. É sempre bom, jogar fora, mesmo que depois eu sempre tenha uns sonhos meio estranhos.

Veio-me um na cabeça agora. Um dia, eu sonhei que estava num show da Pitty, em que ela estava vestida somente com um babydoll cor-de-rosa. E o pior (ou melhor... depende de quem está lendo): Ela estava me dando bola!

Deixe isso pra lá. Que coisa mais lésbica! Ui!

Olho para o lado. Vejo um boletim de um amigo. Nossa! Ele está melhor do que eu! Talvez (?) ele esteja se importando mais do que eu. Sinceramente, estou perdendo o interesse pelas coisas. E não é só pelos estudos, é por quase tudo mesmo, sendo que nos estudos a coisa se agrava mais ainda. Se autismo fosse contagioso, diria que estou pegando.

Agora, o maluco que está na minha frente me pergunta se eu gostei da cueca samba-canção nova dele. Eu mereço! Até nisso eu sou obrigada a opinar.

Olho pra frente novamente. Meu Deus, será que eu mal de professor usar camisa social com o colarinho aberto, exibindo um cordão de ouro? Sim. Pra quem não entendeu ainda, eu estou no colégio agora (Não diga! Eu pensava que você estava num motel!). E acabei de descobrir que só gosto de escrever quando estou com sono, seja por causas naturais ou sintéticas. Causa sintética seria fodástica agora, porque eu seria expulsa dessa porcaria de colégio. Não é uma má idéia, mas não estou a fim de procurar confusão. Agora...

O menino ao meu lado pegou minha apostila. Eu não estou prestando atenção à aula mesmo... É melhor que fique com ele, pra ver se pelo menos eu contribuo pra que alguém entenda a Revolução Francesa. Sei que se eu começasse a ouvir e ler as coisas, eu entenderia, mas não estou com nenhum pingo de vontade. Detalha: As últimas provas do semestre são próxima semana. Meu interesse pelos estudos é espantoso!

Há salvação? Há, claro! Minhas notas não estão tão ruins assim (Eufemismo agora? Que lindo!)! Só não quero perceber que posso voltar a estudar decentemente muito tarde. Nunca tive muita dificuldade na escola, mas esse ano, não sei por que, fiquei desmotivada. Aliás, nunca soube a verdadeira razão para estudar. Acho que percebi que não há um caminho certo, reto.

Ouço uma voz que me diz:

- Você tem que estudar pra ser alguém na vida, menina!

Ok... Mas que tipo de alguém?

Talvez, quando eu descobrir (e me redescobrir) eu volte a ter aquela parte de mim que era boa.

Que não tarde a chegar essa hora.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sono sem sono

Juro que ia publicar um texto em que eu, mas uma vez, mostro minha pura e profunda tristeza. Fazer o quê? É minha sina escrever sobre os problemas da alma. Quem tiver contato direto comigo, pode até ler depois. Mostro, com todo prazer. Mas... Sei lá! De repente, eu fiquei sem vontade! Sabe quando a pessoa cansa de ficar triste? Pois é! Eu cansei (pelo menos por enquanto).

Em vez de estar dormindo agora, estou escrevendo sobre qualquer coisa que vem em minha mente agora. Deveria estar ali naquela cama (que, aliás, está toda bagunçada. Droga! Vou ter que tirar esse horror de coisas de cima dela pra poder deitar!), sonhando com alguma perversão, desgraça ou loucura mirabolante que eu geralmente sonho. Mas não... Estou aqui na frente do computador, REpensando minha vida, pra variar.

Ia escrever sobre o quanto estou p... da vida sobre minha situação familiar. De um jeito que dava até pra saber a quem eu estava me referindo, mas desisti da idéia. Não vale a pena cutucar a ferida mais uma vez, já que esse assunto é mais velho do que não-sei-o-quê e me machuca cada vez mais. Toda vez que eu olhasse esse texto no blog, iria chorar. È como se eu estivesse vendo!

Mal de canceriana (lá vai eu colocar culpa no signo)! Choroooooooona que só ela... Sentimental ao extremo.

Detesto ser assim.

Mas até que eu não gostaria de ser “forte”. Ver uma situação e simplesmente quase que ignorar, como se aquilo não fosse nada. Ah, pera ai! Logo eu, que gosto tanto de ser levada pelo momento? Não, esquece! Adorei ter nascido no Dia Mundial do Rock.

O pior é que eu guardo isso tudo pra mim. É raro ver eu me abrir com alguém sobre um problema desse tipo. E o pior é que eu não era assim! Não sei o que houve, mas me fechei totalmente. Eu tava até melhor da minha suposta depressão quando eu estava indo à psicóloga. Mas aquela mulher é louca! Na maioria das vezes, eu é que era a psicóloga dela. Já tava pra começar a cobrar (e deixar de pagar).

Enfim, acho que vou ter que procurar outro médico. Outro psicólogo, um analista, um psiquiatra... O.O

Sei que assim não dá pra ficar.

Talvez eu procure meus melhores psicólogos:

Meus amigos!

Aqueles que eu ando renegando tanto, tentando poupá-los de saber o que eles sempre querem saber.

Deixe para lá. Depois eu vejo isso.

Hora de ir arrumar minha cama...

¬¬

sábado, 21 de junho de 2008

Tomara que você (não) leia isso

Pra quê? Pra quê você simplesmente se apaixonou por mim? Logo por mim, uma pessoa que te faz sofrer tanto, que te pisa e que te manda ir pro inferno quase todos os dias?

Quando? Quando foi que esse sentimento chegou? E aquela encrenca toda que nós causávamos? E nossas brigas por não suportamos um ao outro? Pelo amor de Deus, não se torne tão passivo e não ache que sou o ideal pra você. Nós não temos nada a ver um com um outro!

O quê? O que foi que eu fiz que te fez estar de joelhos diante de mim agora? Será que foi uma dessas minhas jogadas de cabelo? Foi quando eu finalmente mostrei minha fragilidade diante de todos? Será que eu vou finalmente comprovar minha teoria de que homem realmente gosta de apanhar?

E o pior: Mulher também gosta! Vê necessidade nisso, não sei pra quê. Em vez de ficar contigo, meu querido amigo, eu prefiro continuar sozinha, amando alguém que eu sei que nunca vai me amar o quanto eu o amo, que nunca vai ver que atrás dessa máscara de frieza existe uma pessoa que o ama mais do que ama a própria vida. Eu prefiro que seja assim, mesmo que eu saiba que vai ser pior pra mim e pra você. Pra ele, eu já não sei. E prefiro não saber, pelo menos por enquanto.

Por isso, eu peço, por tudo que há de mais sagrado: Volte a me odiar! Eu não mereço o amor de ninguém. E mesmo que merecesse, o que você me dava já estava de bom tamanho.

Por favor, me esqueça! Tenho medo de magoar qualquer pessoa.

Deixe-me sofrer sozinha...

sábado, 14 de junho de 2008

Insônia e mágoa

Eu me espanto em ver do que o ser humano é capaz, às vezes. Capaz de magoar outra pessoa falando coisas banais, que daqui a uns 5 minutos já esqueceu, mas aquele que ouviu vai lembrar pro resto da vida. Por que estou escrevendo sobre isso? Porque falaram coisas pra mim hoje das quais eu vou passar um bom tempo pra engolir, e não vou digerir nunca. Bom, eu nunca digiro mesmo. E uma dessas pessoas, eu peço perdão. A culpa não é dela. É totalmente minha.

Não vou aqui ficar citando nomes e fatos, até porque não teria blog que coubesse tanta mágoa, tantas palavras perdidas... É arriscado eu morrer e nunca falar sobre a maioria delas, porque a maior porcentagem foi feita por aqueles que amo. E se não foi por eles, foi por aqueles que não vale à pena lembrar. Devemos deixar nosso passado de lado, não é o que dizem? Esquecer os problemas? Pelo menos eu finjo que faço isso.

Eu sei que isso tudo passa, mas eu sempre fui muito de deixar acontecer e sentir o momento por inteiro. Como minha vida não anda nada feliz, imagine o tipo de sentimento que eu ando sentindo agora. Os piores são os prazeres passageiros, que quando passam você se acha a pessoa mais fútil e vulgar do mundo por ter perdido tempo com aquilo, mas depois (bem depois, no meu caso), vê que foi até bom não estar fazendo outra coisa. Pelo menos você tem o que contar. Poderá causar um sentimento bom em alguém, que vai pra olhar pra você e dizer: “E eu pensava que eu era ruim!”.

Pra falar a verdade, acho que nunca tive uma felicidade por completo. Nessa vida, aquela velha música está mais do que certa: “Tristeza não tem fim. Felicidade sim.”. No fundo, eu reclamo, mas eu sei que isso tudo é necessário pra que um dia eu seja plenamente feliz. Agora, me diga: Há cabimento a pessoa correr atrás de algo que nunca soube o que é? Felicidade?

 Essa eu deixo em branco. Chega de questões por hoje.

Pra finalizar, sei que já falei muita coisa que magoou muita gente. Peço perdão a todas elas, pois agora sei que o feitiço sempre volta contra o feiticeiro, seja ele bom ou ruim. Foi uma frase que eu sempre usei, mas não havia absorvido o significado ainda. Agora, apesar de sabê-lo, não vou praticá-lo, porque eu preciso de mais situações para quebrar a cara para aprender de vez o que tem que ser feito. É assim mesmo, não estranhe.

Você também é assim. Todo mundo é...

Pelo menos nessa parte.







Chega! Agora eu vou dormir!











quarta-feira, 11 de junho de 2008

De mim para mim mesma

Hysteria  Alô, querida! Como foi seu dia?

Isolda  Pela minha cara dá pra saber, não?

Hysteria  Não. Você vive de cara fechada! É difícil saber quando você está só séria ou se está triste. Há pessoas que com anos e anos de convivência aprenderam a distinguir, mas nem eu sei.

Isolda  Mas espere aí! Eu também sei rir.

Hysteria  Eu sei que você sabe, mas convenhamos que seus momentos de felicidade verdadeira são raros. E a maioria de seus risos são forjados. E o melhor de tudo: A máscara está caindo!

Isolda  Pior que você está certa... Ora, nós somos a mesma pessoa, sua jumenta! Você sabe muito bem o que se passa, e sabe muito bem que meu dia foi uma merda!

Hysteria  Sei, sim. Mas sei também que você precisa se abrir com alguém, mesmo que seja com você mesma, apesar de já ter conversado com outras pessoas. Nem você mesma se entende, mas é a que vai mais no rumo.

Isolda  Realmente... E é até melhor, pois assim eu não preciso incomodar ninguém, além de mim mesma.

Hysteria  Lá vem! Esse sentimento de novo, de não querer incomodar os outros com seus problemas. Pára com isso! Tem gente que se preocupa contigo, sabia?

Isolda  Mas os outros tem seus problemas também. E você sabe que eu odeio parecer fraca.

Hysteria  Mas eles não acham isso.

Isolda  Acham, sim! Quem foi que te disse que não?

Hysteria  É óbvio, ora bolas! Os que sabem realmente o que você passa não vão te julgar assim.

Isolda  E a maioria, que sabe de pouca coisa e julga por cima?

Hysteria  Bom... É. Mas você não tem culpa, tem?

Isolda  ¬¬’

Hysteria  Não faça essa cara pra mim. Você sabe que eu detesto!

Isolda  Empatou, então.

[...]

Hysteria  Isolda!

Isolda  Diz, Hyst!

Hysteria  Tu já decidiu o que tu vai fazer?

Isolda  Tu sabe que eu não sei.

Hysteria  Mas já está tudo ai, com pressão de todos os lados. E agora?

Isolda  E agora, foda-se! Eu vou embora daqui, isso sim.

Hysteria  Pra onde?

Isolda  Não sei. Só quero que seja pra bem longe.

Hysteria  E deixar todos que você ama aqui?

Isolda  *Suspiro* O que é que eu posso fazer? Uma hora eu vou ter que ver o que é melhor pra mim, mesmo que seja longe deles.

Hysteria  E será que você agüenta?

Isolda  Sinceramente, já enfrentamos coisas piores. Essa só vai ser mais uma provação.

Hysteria  Mais uma que você passar se afogando em lágrimas.

Isolda  Eu sou de câncer. Você sabe muito bem que eu sou assim. Tá achando ruim? Vá embora!

Hysteria  Se eu pudesse...

Primeiramente as coisas primeiras

De começo, vou me apresentar. Sou uma pobre diaba que nunca teve nada totalmente seu que não fosse sua alma. Acho nem isso. Como diz Raul, eu me olho no espelho e me sinto uma grandíssima idiota, sei que sou humana, ridícula e limitada, que só uso dez por cento de minha cabeça animal.

Desde muito cedo, fui criada com a mais pura, nua e crua realidade da vida. Ninguém nunca me poupou de nada; eu até agradeço, porque se tenho um pouco de cabeça hoje, foi por causa desse tratamento de choque. Mas é por causa dele que hoje eu passei de realista para pessimista totalitária.

Resolvi fazer esse blog porque sinto necessidade de escrever sempre, principalmente nos momentos que meus sentimentos estão se exaltando, seja em profunda tristeza (a mais freqüente) ou extrema alegria. Publicarei de tudo um pouco, mas principalmente isso. É bom saber que pelo menos alguém pode até parar pra ler alguma dessas babaquices que escrevo.

Sempre detestei blogs, até porque sempre que pensava neles, me vinham aqueles que só tem playboyzinhos e patricinhas com 31657864355 fotos, um querendo ser mais bonito e gostoso que o outro. Ostentação de beleza física pra mim é a pior coisa que existe, e não é só porque eu sou feia, não. É porque eu sou plenamente consciente que aquilo tudo vai ser devolvido à natureza, seja como adubo, cinza e qualquer coisa assim.

Tem muita gente que diz que sou emo. Tenho certeza que nunca virão uma “ema” tão inteligente quanto eu, porque o resto todo são umas antas batizadas. Mas ainda assim eu discordo, porque se eu me deprimo, é por causa dos meus problemas, que no ponto de vista de qualquer pessoa normal que sabe o eu realmente passo, é motivo para qualquer um se matar. Emo corta os pulsos porque o céu é azul e ele gostaria que fosse rosa com bolinha pretas. ¬¬’

Lendo isso, muita gente acharia que eu só me importo comigo mesma, que só vejo a mim mesma e acabou. Errado! Se eu sou assim, é porque sempre me importei mais com os outros do que comigo. Quando ia olhar pra minha vida, via a bagunça que estava. Minha psicóloga até disse pra eu parar com isso, mas é algo que eu vou carregar comigo pro resto da eternidade. É minha sina, caso encerrado.

Talvez com essa minha iniciativa, eu até perca um pouco do medo que eu tenho de falar, de me expressar. Sou do tipo que se treme dos pés à cabeça quanto vai falar em público e que não consegue dizer o que sente por uma pessoa, mesmo que aquele sentimento seja a coisa mais pura e singela que existe. Mas isso é um assunto pra outro post.

Enjoy. ^^