quarta-feira, 11 de junho de 2008

Primeiramente as coisas primeiras

De começo, vou me apresentar. Sou uma pobre diaba que nunca teve nada totalmente seu que não fosse sua alma. Acho nem isso. Como diz Raul, eu me olho no espelho e me sinto uma grandíssima idiota, sei que sou humana, ridícula e limitada, que só uso dez por cento de minha cabeça animal.

Desde muito cedo, fui criada com a mais pura, nua e crua realidade da vida. Ninguém nunca me poupou de nada; eu até agradeço, porque se tenho um pouco de cabeça hoje, foi por causa desse tratamento de choque. Mas é por causa dele que hoje eu passei de realista para pessimista totalitária.

Resolvi fazer esse blog porque sinto necessidade de escrever sempre, principalmente nos momentos que meus sentimentos estão se exaltando, seja em profunda tristeza (a mais freqüente) ou extrema alegria. Publicarei de tudo um pouco, mas principalmente isso. É bom saber que pelo menos alguém pode até parar pra ler alguma dessas babaquices que escrevo.

Sempre detestei blogs, até porque sempre que pensava neles, me vinham aqueles que só tem playboyzinhos e patricinhas com 31657864355 fotos, um querendo ser mais bonito e gostoso que o outro. Ostentação de beleza física pra mim é a pior coisa que existe, e não é só porque eu sou feia, não. É porque eu sou plenamente consciente que aquilo tudo vai ser devolvido à natureza, seja como adubo, cinza e qualquer coisa assim.

Tem muita gente que diz que sou emo. Tenho certeza que nunca virão uma “ema” tão inteligente quanto eu, porque o resto todo são umas antas batizadas. Mas ainda assim eu discordo, porque se eu me deprimo, é por causa dos meus problemas, que no ponto de vista de qualquer pessoa normal que sabe o eu realmente passo, é motivo para qualquer um se matar. Emo corta os pulsos porque o céu é azul e ele gostaria que fosse rosa com bolinha pretas. ¬¬’

Lendo isso, muita gente acharia que eu só me importo comigo mesma, que só vejo a mim mesma e acabou. Errado! Se eu sou assim, é porque sempre me importei mais com os outros do que comigo. Quando ia olhar pra minha vida, via a bagunça que estava. Minha psicóloga até disse pra eu parar com isso, mas é algo que eu vou carregar comigo pro resto da eternidade. É minha sina, caso encerrado.

Talvez com essa minha iniciativa, eu até perca um pouco do medo que eu tenho de falar, de me expressar. Sou do tipo que se treme dos pés à cabeça quanto vai falar em público e que não consegue dizer o que sente por uma pessoa, mesmo que aquele sentimento seja a coisa mais pura e singela que existe. Mas isso é um assunto pra outro post.

Enjoy. ^^

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