sábado, 19 de julho de 2008

Puta que pariu!

Estive pensando muito sobre isso essa semana, mas, apesar dos fatos que acontecem em minha vida, eu nem liguei muito. Mas depois do que aconteceu hoje, eu estou meio estarrecida.

A Dercy Gonçalves morreu. E agora, Jesus? Apocalipse?

Mas não é nem sobre a separação do joio do trigo que eu estou falando. O que acontece é esses dias eu parei e pensei: Céus, com essa vida que eu levo, será que eu chego ao menos aos trinta?

Eu sei que eu tenho um exemplo dentro da minha casa de uma pessoa que se destruía e o mundo queria destruí-la, mas ela tá ai, vivinha. Mas e eu? E se eu não tiver essa sorte? E se eu tiver que mudar JÁ se eu não quiser morrer sem ver o fruto do bem que eu faço hoje me dia? Não estou a fim de acumular mais carma ainda.

Percebi, enquanto caminhava sozinha (I walk alone. Every step I take, I walk alone... Lá vem a Tarja de novo) que desde o ano passado eu, no meio do ano, tomo um porre e só depois vejo que estou errada. Só ai eu tomo uma providência.

Ano passado eu estava revoltada com Deus e o mundo. Mais com Deus do que com o mundo. Estava ficando meio maluca, confundindo os sonhos com a realidade, entrando em depressão mesmo. Um belo dia, enchi a cara. Dois dias depois aconteceram coisas comigo que eu infelizmente não quero falar agora. Vi que não podia continuar daquele jeito, porque do jeito que eu andava iria para um hospício, na melhor das hipóteses, ou iria comer capim pela raiz mesmo. Foi ai que eu procurei ajuda, e finalmente me achei. Hoje, sou espírita e não tenho mais problemas com Deus. Menos um, né?

Poucos dias atrás, bebi mais do que devia de novo, só que com mais intensidade. É tão tal que nem lembro de como foi que eu cheguei em casa. Não entendo muito os motivos, mas meu íntimo desconfia bastante do que de várias coisas. Antes disso, eu havia começado a fazer Tae Kwon Do, mas não estava ligando muito. Depois do porre, eu decidi me dedicar mais ainda ao esporte.

E próximo ano? Coma alcoólico e trabalho voluntário?

Não dá pra continuar assim. Tenho que fazer alguma coisa.

Beber do jeito que eu bebi nessas duas vezes, só se eu tiver um buraco pra me enfiar depois, porque pra casa eu não volto. Seria expulsa na hora! Mas a questão não é nem o álcool (que eu jurei pra mim mesma que vou controlar as dosagens de agora em diante). É a vida que eu levo em si, sem me cuidar muito, me deixando abalar por qualquer coisa, seja fisicamente ou psicologicamente. Tem médico que diz que não era nem pra eu ter nascido, já que era pra ser tão cheia de frescura assim. Pra parte psicóloga, quem foi que disse que psicólogo resolve? Até tentei, mas não me adiantou de muita coisa. Os fantasmas do meu passado e o meu “auto-ódio” sempre vão estar aqui. Será que psiquiatra resolve? Tentarei em breve.

Lembrando da Dercy hoje é que me pergunto: Será que eu consigo chegar aos 101 anos, totalmente lúcida e mandando mundo ir à puta que pariu?

Até lá, continuarei mudando pra ver se eu consigo. O ser humano é mutável, né?

Falta saber se eu sou humana também.

Um comentário:

Anônimo disse...

ow moça,procurar uma saída quando estamos pra baixo, é normal.. sejá ele qual for,no seu caso a bebida,né?
ta certo que foi apenas a segunda vez.. mais é assim, já foi a segunda. se você não cuidar,vira a terceira.. cuidado.

Quando aos 101 anos, isso quem decide no final é nosso amigo lá de cima. Resta-nos,facilitar um pouco. Se cuidar.

=D

Bjão moça.