quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Salientando o óbvio (de novo): Gente offline me agrada




Eu sei que esse assunto é meio velho, mas muita gente não se tocou ainda.

Uma das coisas que me deixa mais fora do sério é estar com um grupo de pessoas e ter alguém, ou vários “alguéns”, usando excessivamente seus celulares. Falando com outras pessoas, como se as que estão ali não fossem boas o suficiente (então, por que veio?). A minha vontade é de gritar “SÉRIO?”. Até grito, se tiver alguma intimidade com as pessoas ao meu redor. Porque isso, sim, é um problema sério.

A tecnologia pode integrar, mas também nos isola. Isso ninguém pode negar. Tanto pelo fato de você conhecer pessoas de outros lugares distantes e não poder vê-las, quanto pela praticidade e preguiça da conversa online, que substitui pobremente a conversa cara a cara. E esse último é o que mais me preocupa.

Se você prefere conversar com as pessoas online que “ao vivo”, deve haver algo errado no seu comportamento. Dividir o seu eu em “eu off” e “eu on”, deixando o “eu on” ser o mais simpático, divertido e sincero, chega a ser ridículo. Você não precisa de uma máquina para mostrar a melhor parte de si.

Ainda há o problema da imagem que você cria do outro online. Saber quem é alguém de verdade com convivência presencial já de difícil, imagine só conversando por Facebook, Whatsapp, Skype, Twitter, Instagram, Tumblr, ou seja lá a plataforma online que se use. Você que se perguntar se você gosta da pessoa ou do que você pensa que ela é.

Por isso, usufrua o máximo que puder do seu tempo offline. Passeie, brinque, olhe no olhe. Estude expressões faciais e se delicie com doces e novas gesticulações. Nós sabemos que a internet é um universo onde coisas mais inesperadas podem acontecer. Mas o mundo está aqui fora pra mexer com todos os teus sentidos.  Mais do que um tela de computador ou celular pode fazer.
Estapeie-se de realidade fora de uma plataforma eletrônica. Acorde.


P.S.¹: Posso até estar sendo hipócrita. Mas se já fiz isso, por favor, me desculpem. Estou curada.

P.S.²: Perdoem minha geladeira. Ela não sabe o que faz.
P.S.³: Talvez esse seja o texto mais objetivo que já escrevi aqui. Tenho medo.

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